Venha ler e sonhar um pouco com textos e poesias...sonhar faz bem... Cristina Ferber
quinta-feira, 3 de maio de 2012
terça-feira, 1 de maio de 2012
Coração de vagalume (Coeur de luciole)

Usando palavras
Nos mostramos ao mundo
Chegamos ao outro
E o tocamos profundo
Brincamos com elas
Criamos estratagemas
Fazemos metáforas
E lindos poemas...
Há palavras que ferem
E outras que aliviam
Umas são flechas
Outras são carinhos...
Cactos ou rosas
Urtigas ou jasmim
No nosso universo
Temos um imenso jardim
Então se um dia
Não puder escolhê-las
Talvez pela pressa
Ou por não conhecê-las
Fique em silêncio
Apenas sinta o perfume
E se deixe guiar
Pelo coração do vagalume.
Um dia te conto
Como é esse coração...
Por hora apenas demonstre
Sem palavras...
A sua mais genuína afeição!
Cristina Ferber
sexta-feira, 27 de abril de 2012
Quanto vale ouvir sua voz?

Quanto vale ouvir sua voz?
Voz que esquenta
Tal qual vestimenta,
Que move águas
Como numa tormenta
Que nunca foi complemento,
Mas meu mais doce alimento.
Quanto vale ouvir sua voz?
Mesmo que seja por um instante
E que não passe de uma consoante
Vale um sorriso, um abraço, um olhar...
Vale todos os sons que existem
Vale cada segundo de vida
Vale o céu, a terra, o mar
Vale tanto embora pareça pouco
Porque grande é a vontade de amar...
Cristina Ferber
quinta-feira, 19 de abril de 2012
CORREIO
sábado, 14 de abril de 2012
A ARTE DE SER FELIZ

A arte de ser feliz
Passa longe de pensar em si mesmo
De imaginar que todos são inimigos
E construir muralhas a esmo.
A arte se ser feliz
Não tem olhos para a cobiça
E nem deseja que o outro
Simplesmente fraqueje e desista.
A arte de ser feliz
Não se ocupa de comentários abafados
Nem menospreza os amigos
Fazendo-os pequenos e pouco amados.
A arte de ser feliz
Te espera no atelier das virtudes
Onde a leveza e o encantamento
Colorem de honra suas atitudes.
Cristina Ferber
terça-feira, 10 de abril de 2012
JULGAR OU AMAR?
Quem somos,
Para julgar?
Gente comum,
Do mesmo barro,
Que um dia a terra
Sem pedir licença
Irá levar.
Mas ainda assim,
Precipitados, julgamos.
E não nos preocupamos
Com o mal
Que poderá causar.
Julgamos, tiramos o valor,
Apontamos em riste
O dedo acusador
Julgamos levianamente,
Sem precedentes,
Julgamos covardemente,
Só pelo gosto de julgar.
Cristina Ferber
Para julgar?
Gente comum,
Do mesmo barro,
Que um dia a terra
Sem pedir licença
Irá levar.
Mas ainda assim,
Precipitados, julgamos.
E não nos preocupamos
Com o mal
Que poderá causar.
Julgamos, tiramos o valor,
Apontamos em riste
O dedo acusador
Julgamos levianamente,
Sem precedentes,
Julgamos covardemente,
Só pelo gosto de julgar.
Cristina Ferber
domingo, 8 de abril de 2012
LAMA
(Poesia de Rogério de Freitas, a quem pedi autorização para postar em meu blog, link abaixo, uma vez que compartilho da mesma impressão: lama por todos os lados... Talvez vocês compartilhem também. Um grande abraço!)


Intempestiva:
Que invade
os gabinetes,
dos planos,
do planalto,
central.
Não sazonal
Amoral.
Lama!
Que invade
as cidades,
as casas,
os bares,
os prédios
barrocos,
barracos.
as cidades,
as casas,
os bares,
os prédios
barrocos,
barracos.
Lama!
Obscura.
Opaca.
Não toma
ciência
da trama,
de quem
se deita
na sombra.
Lama!
Que afoga.
Sufoca.
Apavora.
Assola.
Que leva
embora.
Assombra!
Que afoga.
Sufoca.
Apavora.
Assola.
Que leva
embora.
Assombra!
Lama!
Lama!
Lama!
Lamentável!
Lama!
sexta-feira, 6 de abril de 2012
PENSANDO NO PESEACH
Quero liberdade
Não quero algemas
Quero distância
Da alienação do sistema
Sistema que mente
Persegue, incomoda
Abandona os fracos
Negligencia e poda
Quero justiça,
Igualdade, autonomia
E que os políticos
Se envergonhem da hipocrisia
Quero honra,
Expectativa, solução
Quero discernimento
E menos ostentação
Quero compaixão,
Clemência, sensatez
Quero o mundo
Com menos estupidez!
Cristina Ferber
quinta-feira, 5 de abril de 2012
GUERREIRO MENINO
(Em homenagem a Gonzaguinha)
Le visage couvert
Masquer votre douleur
Les yeux affligés
Vous cherchez l'amour
Ajoelha cansado
Guerreiro Menino
Triste e assustado
Com a rudeza
Do destino.
O rosto coberto
Esconde a sua dor
Os olhos aflitos
Procuram amor.
Te tomo em meus braços,
Te afago com carinho
Seu corpo
É o meu corpo
Minha alma
Seu caminho.
E amanhã,
Seu coração descansado
De tanta loucura e dor
Baterá com mais fé...
E lutará,
Com o mesmo amor.
Nunca desista, Guerreiro Menino!
Cristina Ferber
http://youtu.be/TzsWHmecuW0
Le visage couvert
Masquer votre douleur
Les yeux affligés
Vous cherchez l'amour
Ajoelha cansado
Guerreiro Menino
Triste e assustado
Com a rudeza
Do destino.
O rosto coberto
Esconde a sua dor
Os olhos aflitos
Procuram amor.
Te tomo em meus braços,
Te afago com carinho
Seu corpo
É o meu corpo
Minha alma
Seu caminho.
E amanhã,
Seu coração descansado
De tanta loucura e dor
Baterá com mais fé...
E lutará,
Com o mesmo amor.
Nunca desista, Guerreiro Menino!
Cristina Ferber
http://youtu.be/TzsWHmecuW0
segunda-feira, 2 de abril de 2012
CAPITU
(coupable qui séduit, mais les fleurs ne nous séduire?)
Culpada porque seduz,
Culpada porque seduz,
Mas não nos
seduzem as flores?
Culpada por
envolver,
Mas não nos
envolve a luz,
Até o ponto
de arder?
Culpada pelo
olhar profundo,
E não é
profundo o universo,
Que abriga o
nosso mundo?
Enfim,
culpada por ser mulher,
E reunir em
sua tão delicada forma,
A coragem,
A audácia
E o prazer,
De buscar
dentro da vida,
O que lhe
possa satisfazer.
Culpado não
seriam os ciúmes,
Daquele que
tem medo de perder,
Mesmo que
seja por um vislumbre,
A idéia de
ser dono de outro Ser?
Cristina
Ferber
sábado, 31 de março de 2012
DUAS VIDAS (deux vies)
Dans un monde impur)
Duas vidas
Importantes,Duas promessas,
Triunfantes.
Dois inícios,
Indefesos.
Duas formas,
Dois começos.
Dois seres,
Dois futuros,
Entrelaçados,
Num mundo impuro.
Bebê criança,
Bebê planta,
Tão carentes,
De proteção.
Duas formas,
Duas vidas,
Em que não há
Comparação!
Cristina Ferber
PÉROLAS
Da dor surgiu uma lágrima,
Da lágrima,
Uma pérola,
Da pérola,
Um brinco.
Um brinco de madrepérola,
Creme,
Dourada
Ou negra,
Que tem por atributo,
Mostrar singular beleza...
Beleza incontestável,
Vinda da hábil natureza,
De transformar o que é dor,
Em sublime expressão de nobreza!
Cristina Ferber
Da lágrima,
Uma pérola,
Da pérola,
Um brinco.
Um brinco de madrepérola,
Creme,
Dourada
Ou negra,
Que tem por atributo,
Mostrar singular beleza...
Beleza incontestável,
Vinda da hábil natureza,
De transformar o que é dor,
Em sublime expressão de nobreza!
Cristina Ferber
sexta-feira, 30 de março de 2012
A DANÇA DO SONO

Vai, me deixa galante dançarino,
Não quero dormir ainda...
O que te faz atado ao meu destino
De intenso sono tão cristalino?
Hábil bailarino, amante e senhor
Que me envolve em seus passos
Que me entorpece os sentidos
Me liberta deste torpor...
Meu dançarino do sono
Me devolva a consciência
Me restitua a nobreza
De fitar a vida, enfim...
Há tanto que fazer,
E o dia já se finda...
Me desperta, me reanima
Vai-se pra longe de mim.
Cristina Ferber
quarta-feira, 28 de março de 2012
ESCOLHAS

Escolho o silêncio,
A calma,
O repouso.
Escolho o mistério
Do dia chuvoso.
Escolho o sorriso,
O júbilo,
A alegria.
Escolho o entusiasmo
Da energia.
Escolho a emoção,
A afeição,
O sentimento.
Escolho a magia
Do encantamento.
Escolho a vida,
A fé,
A esperança.
Escolho a chance
De promover a mudança.
Escolho caminhos,
Arriscados e estreitos.
Escolho o olhar
Sem preconceitos.
Cristina Ferber
terça-feira, 27 de março de 2012
IMPERFEITA! (imparfait!)

Ce n'était pas si bon ...
Ce n'était pas,
Je pensais que ...)
Não era assim...
Não ficou tão bom...
Não foi isto,
Que pensei...
Alma minha,
Devolva-me a alegria,
Que pelos cantos deixei!
De pensar em ser a melhor
Ou em ter
O que sempre almeijei,
Fui perdendo horas de vida...
Fui deixando de me fazer bem.
Hoje faço
E não me importo
Com detalhes e correção,
Pois a felicidade ainda mora,
Onde sequer desconfia a perfeição.
Cristina Ferber
CORAGEM (COURAGE)

Jusqu'à ce que nous apprennent à cacher
Qui nous sommes et ce que nous voulons,
Notre propre façon d'être ...)
Com disfarce somos muitos
Sem ele, apenas um.
Postar-se perante o mundo,
Deveria ser algo comum.
Nascemos sem disfarces,
Até que aprendemos a esconder
Quem somos e o que queremos,
O nosso próprio jeito de ser...
Amanhã vou acordar
E não irei mais me esconder
A quem amava meu disfarce,
Nada terei a oferecer.
Cristina Ferber
segunda-feira, 26 de março de 2012
MENINA ESPERANÇA
Vestida de rosa,
Alegre criança
Que anda descalça.
Carrega lacinhos
Em suas louras tranças,
As sardas no nariz,
Sorriem quando dança.
Perdi meus sonhos,
Menina Esperança.
Já não me lembro,
Onde os guardei...
E ela me olha,
E não me responde,
Por certo quer brincar,
De esconde-esconde...
Cristina Ferber
sábado, 24 de março de 2012
VIOLETAS, AMIGAS OU BORBOLETAS?
sexta-feira, 23 de março de 2012
CHUVA, QUANTAS FACES TEM?
Chuva de esperança,
Que conforta,
Alivia e fortifica.
Chuva de loucura,
Que entristece,
Aflige e aborrece.
Chuva forte,
Que precipita,
Magoa e espanta.
Chuva fraca,
Que refresca,
Alegra e desanuvia.
E entre tantas faces da chuva,
Algumas boas,
Outras não,
Com elas nascemos,
Crescemos,
E morremos,
Não importa,
Se felizes ou não.
Cristina Ferber
quinta-feira, 22 de março de 2012
NÃO ESTAMOS SÓS! (nous ne sommes pas seuls)

Enxugue as lágrimas
Meu doce amigo
Estou contigo
Na sua aflição.
Não será este sofrimento
Que lhe abaterá
Não será essa dor
Que o destruirá.
Trago-lhe a paz
Alento e conforto
Trago-lhe esperança
E vontade de lutar.
Vim do Cosmos,
Do céu, do éden
Vim de longe
Só para lhe reconfortar.
Cristina Ferber
terça-feira, 20 de março de 2012
CORAJOSAS VALQUÍRIAS (Valkyries gras)
(Dedico este poema a todas as jovens que acreditam na vida)
(Je dédie ce poème à tous les jeunes qui croient en la vie)
Mais qui sont-ils,
Les Walkyries?
Mais qui sont-ils,
Les Walkyries?
Mas quem são elas,
As Valquírias?
Na mitologia,
Filhas de Odin.
No dia a dia,
Moças trabalhadeiras,
Jovens guerreiras.
Algumas são mães,
Trabalham e estudam,
Vislumbram e constroem
Um novo mundo.
Tanto faz...
Se têm cavalos alados
Ou um jovem ao seu lado.
Para as Valquírias,
A luta é intensa
A coragem é imensa
Para suportar...
Os dias que chegam
As noites que se vão,
Carregando a juventude,
Que as fazem amar...
O mundo que existe,
O mundo em que vivemos,
O mundo que queremos,
Aprimorar.
Cristina Ferber
segunda-feira, 19 de março de 2012
PAINEIRA-ROSA
(Em Curitiba, Carlos Eduardo, empresário, se acorrentou a uma paineira-rosa, determinado a salvá-la do
corte)
Paineira, paineirinha...
Que aborrecimentos causou?
Não sei. Respondeu ela
Apenas existo. Murmurou.
Imponente árvore frondosa,
Ostenta envaidecida flores rosa
Tal qual um ornamento sublime,
Majestosa, linda, silenciosa...
Em seus galhos a paineira abriga
Delicados ninhos, feitos com carinho.
Seus frutos revestidos de plumas,
Viram travesseiros de passarinhos...
E a serra ameaça a preciosa
Pô-la abaixo, sem demora
Transformá-la em simples fragmento
Atestar por completo seu desaparecimento.
E quem será o vencedor,
Dessa batalha tão cruel?
A serra e o serrador
Ou a paineira e seu amigo fiel?
Cristina Ferber
sábado, 17 de março de 2012
FELIZ ANIVERSÁRIO!
ADEUS MENINO MAR (garçon au revoir à Mars)

Dorme o mar
Sob o ninar da Lua
E suave respira
Ondas de espuma.
De dia, acorda
E reflete luz azul
Buscando as andorinhas
Que migram para o sul.
Seu brinquedo são estrelas
De cinco pontas
Que colhe nas rochas
Quando o sol desponta.
Amigos golfinhos
Nadam nas enseadas
Chegam em cardumes
Iniciando a jornada.
A beleza e harmonia
Do nosso menino
É alegria da mãe lua
E à noite, a faz brilhar.
Mas quando o óleo
No mar é derramado
E de sua garganta
Sai um grito sufocado...
A lua chora...
Tristes lágrimas de vida...
Pois sofre o amor
Na hora da despedida.
Cristina Ferber
quinta-feira, 15 de março de 2012
PIETÀ

Das mãos de Oscar Luiz
Irreverente artista argentino
Surge na areia, Pietà
A Piedade, mãe do Divino
Exposta na calçada,
Entre o asfalto e construções
A imensa dor de Maria
Nos remonta ao tempo da humilhação
Grãos de pó que deram vida
A uma das mais belas visões
Do abraço sofrido de Maria
Em Jesus, nosso abençoado irmão.
Chuva e vento levarão
A nossa formosa Pietà de areia
Mas a história desse sublime instante
Iluminará nossas aflições como uma candeia.
Cristina Ferber
quarta-feira, 14 de março de 2012
SOBRE DUAS RODAS

Sobre duas rodas
Lá vai Juliana
Pedalando sua juventude
De semana em semana
A Avenida Paulista
É seu caminho habitual
É lá que vê os amigos
Como num breve ritual
Pedalar é aventura
Exercício de prazer
A distância pouco importa
O que interessa é percorrer.
Mas chega a força bruta
Do louco trânsito violento
Que arrebata a moça
Com a velocidade do vento.
Eu estou aqui! Grita Juliana.
Mas foram suas últimas palavras...
E como um pássaro abatido
É no asfalto jogada...
Um dia, Juliana, um dia...
Quando Marias, Márcias e Luizas
Também se forem na Av. Paulista
Aí sim, haverá de ser feita uma ciclovia!
Cristina Ferber
terça-feira, 13 de março de 2012
GENTILEZA GERA GENTILEZA
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Viveu no Rio de Janeiro
Em meados dos anos 80
Um tal de José Datrino
Também chamado Profeta Gentileza
Consolador voluntário
Usando túnica e longa barba
Andava pelas ruas sozinho
Oferecendo rosas a quem passava
Acreditando ter a missão
De melhorar o mundo em que vivia
O pequeno espírito de Deus,
Era amável com todos que via.
Mas os anos foram passando
E não houve retribuição
Para cada palavra amável
Foi-lhe dito um palavrão.
Assim o pobre velho se cansou
De tentar tocar a alma humana
Se fechou, emudeceu...
E a tristeza apagou-lhe a chama.
Cristina Ferber
PONTO DE CRUZ

Etamine branco no colo
Agulha e linha nas mãos
E as cruzes são bordadas
Formando flores e coração.
Mãos de ouro, alma de artista
No ponto de cruz, minha avó descansa
Nos fios em que se perde,
Ao mesmo tempo se alcança.
Oitenta anos, pouco tempo...
Deixados em coloridas lembranças
Eternizou seu grande talento
Marcando com linhas minha infância
Cristina Ferber
segunda-feira, 12 de março de 2012
SARAU DOS POETAS (Sarau DES POETES)

No sarau dos poetas
O clima é de magia
As estrelas enfeitam a noite
A lua suspira nostalgia.
No encontro dos autores
Cada palavra é uma promessa
Recitam o impensável
E fazem versos sem pressa.
Aos amantes das letras
Não interessa princípio ou fim
Importa onde crescem as emoções
Se em vaso, ou em jardim.
(Il pousse où les émotions, Si dans des pots ou au jardin)
Cristina Ferber
CAVALEIRO MEDIEVAL (chevalier médiéval)
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Entre as camadas de couro
Por baixo da armadura de aço
Bate o coração do meu guerreiro
E de veludo é seu abraço.
Quando chega para o amor
Ele me despe com brandura
Me libertando da dor
De ser sempre e eternamente sua.
Com a mesma força que luta,
E o mesmo vigor que combate,
Meu cavaleiro me domina
Com sua paixão escarlate.
Mesmo diante de tão doce aventura
Amanhecendo, sei que partirá
Sua sina é a guerra
E a minha é lhe amar.
Cristina Ferber
domingo, 11 de março de 2012
AMOR DE CHOCOLATE (La passion du chocolat)

(Para Moisés e Liza)
Amor de chocolate
É agridoce, estimulante e divino
Quando chega, vem sorrateiro...
Com seu jeito de felino.
Moreno cor de chocolate
Que no corpo carrega a semente
Seu licor é cacauati
Que desce na garganta, suavemente...
Amado cor de chocolate
Rei da Costa do Marfim
Quando sussurra em meus ouvidos
Acende intensa chama em mim...
Cristina Ferber
OUTONO (AUTOMNE)
(Longues nuits d'automne
Et les amateurs avec le temps à vous aimer ...)
Outono de noites longas
E amantes com tempo pra se amar...
Na janela, leve brisa,
Que começa a pesar...
Na sala, frágeis orquídeas
Oferecem charme à transição.
Na cozinha, margaridas,
Dão adeus ao finado verão
Outono Austral do Sul
Que cobre as árvores de marrom dourado
Venha encher meus olhos
De paisagens vermelho alaranjado!
Cristina Ferber
sábado, 10 de março de 2012
JARDIM DE INFÂNCIA

Corre corre no parquinho
Briga por causa de bola
Ciranda cirandinha...
Pega pega, deita e rola.
Na sala, coloridas massinhas...
Tinta guache, giz de cera.
Rabiscos e conversas
Trabalho de artes, brincadeiras...
Meninas com mochilas rosa
Meninos com bonés maneiros
Todos se sentindo elegantes
Alegria o tempo inteiro...
Não há lugar no mundo
Mais bonito que um jardim de infância
Se houver, só pode ser
O mesmo jardim, só que em lembrança...
Cristina Ferber
sexta-feira, 9 de março de 2012
CORAÇÃO CELTA

O coração guerreiro Celta
Bate forte, sem receio
Busca o ar das florestas
A natureza é seu devaneio
A alma Celta é eterna
Migra de vidas em vidas
Sabe que o mundo é transitório
E que dele nada fica
Veneram seus antepassados
Exaltam valores, se revestem de brios,
Outrora tive vida Celta
Vida plena de desafios.
Cristina Ferber
quinta-feira, 8 de março de 2012
CARNAVAL MINEIRO

Carnaval mineiro
De cidades históricas
Ouro Preto, Tiradentes
Bloco da Bandalheira Folclórica
Carnaval de Minas
Do final da tarde ao raiar do dia...
Foliões festejam em Mariana
Sabará e Diamantina.
Carnaval da Serra do Curral
E Canto da Alvorada
Samba de Beth Carvalho
Santo Bando dos Metralhas.
Cristina Ferber
ADEUS ESTRELA!
O POETA

O Poeta nasce cantando
Música que é riso e pranto
Seu lamento é passageiro
Sua voz, quase um encanto.
O Poeta se nutre do que faz
A poesia, seu mel, é alimento
Transforma em divino o que é humano
E tudo o que antes era sofrimento
O Poeta não precisa de chaves
Para ele, nenhuma porta se fecha
Como peregrino de distantes mares
Busca repouso em praias incertas
O Poeta vem e vai
Tal qual a onda espumante
Quando vem, traz felicidade
Quando vai, deixa um amante.
Cristina Ferber
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