(Em Curitiba, Carlos Eduardo, empresário, se acorrentou a uma paineira-rosa, determinado a salvá-la do
corte)
Paineira, paineirinha...
Que aborrecimentos causou?
Não sei. Respondeu ela
Apenas existo. Murmurou.
Imponente árvore frondosa,
Ostenta envaidecida flores rosa
Tal qual um ornamento sublime,
Majestosa, linda, silenciosa...
Em seus galhos a paineira abriga
Delicados ninhos, feitos com carinho.
Seus frutos revestidos de plumas,
Viram travesseiros de passarinhos...
E a serra ameaça a preciosa
Pô-la abaixo, sem demora
Transformá-la em simples fragmento
Atestar por completo seu desaparecimento.
E quem será o vencedor,
Dessa batalha tão cruel?
A serra e o serrador
Ou a paineira e seu amigo fiel?
Cristina Ferber